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São Paulo
5 de fevereiro de 2025

Identidade Digital Descentralizada: o poder das pessoas sobre seus dados

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<p><em><span style="font-size: 12.16px;">Dyogo Junqueira (*)<img src="images/artigos/2022/dyogo_300.jpg" border="0" width="300" height="400" style="float: right; margin: 5px;" /></span></em></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Cerca de 83% dos dados de uma pessoa são mantidos por empresas com as quais interagiram apenas uma vez na vida, segundo apurou uma pesquisa que visou apurar qual o destino dos dados pessoais. A revelação aponta um problema: as pessoas praticamente não sabem disso e, quando se dão conta enfrentam dificuldades para resolver a situação.</span></p>
<p>Recentemente, os especialistas em segurança digital vêm debatendo o tema, o que fez surgir um novo conceito: a Identidade Digital Descentralizada, em inglês decentralized digital identity (DCI), que visa dar aos consumidores o poder sobre suas próprias credenciais de identidade por meios digitais. Não estamos falando de um RG digital, que já existe em muitos países. A DCI também é tratada como identidade autossoberana, composta por informações que cada pessoa constrói ao longo da vida, na interação com órgãos públicos, outras pessoas, escolas, trabalho, bancos, serviços e sistemas. Exemplo: RG, o CPF, caderneta de vacinação.</p>
<p>As pessoas não possuem a capacidade de rastrear todos os banco de dados de todas as empresas com quem mantém – ou mantiveram – um relacionamento de negócio e, por isso, este debate se faz necessário, principalmente porque a quantidade de serviços online oferecidos aumenta exponencialmente e fica difícil para qualquer um saber onde estão realmente os seus dados.</p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Com os seus dados espalhados pelo mundo – sim, porque os serviços online são globais, mesmo sendo oferecidos por uma empresa local – e os risco de violações são elevados. A abordagem de Identidade Descentralizada impulsiona a tecnologia blockchain para a superação destes desafios, permitindo aos usuários retomarem o controle de suas informações pessoais.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">De acordo com o Gartner, a privacidade e a segurança da identidade digital descentralizada podem mitigar o risco associado a armazenamentos de identidade centralizados, que continuam a expor dados de identidade em violações e potencializa o uso de tecnologias como o blockchain, que funciona como um livro-razão digital compartilhado e imutável, usado para registrar transações e rastrear ativos e que aumentar a confiança ao impedir que qualquer alteração seja realizada sem que ela seja imediatamente identificada. </span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">A ideia por trás da Identidade Digital Descentralizada é que cada usuário tenha a sua própria “carteira” digital com todas as suas credenciais de identidade fornecidas por emissores autorizados, seja ele o governo ou o seu empregador. Esta identidade digital pode ser usada em momentos que exigem a validação da identificação, como por exemplo, check-in em um hotel ou em um jogo de futebol ou uma apresentação do artista  preferido. Neste procedimento, apenas as informações que o usuário autoriza serão compartilhadas com o prestador do serviço por meio desta carteira digital.</span></p>
<p><strong><span>Passaportes de vacinação</span></strong></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Como a exigência do passaporte vacinal, uma nova exigência imposta pelo combate à pandemia da Covid-19, o ingresso a muitos países e eventos com grande número de participantes, verificação dos dados pessoais se tornou necessária, o que eleva o grau de dificuldade de controle dos dados pessoais. O compartilhamento dos dados de Saúde das pessoas já está no topo das prioridades e a Identidade Digital Descentralizada se apresenta como uma solução para este incômodo.</span></p>
<p>Soma-se a isso uma <a href="https://www.gartner.com/smarterwithgartner/5-key-predictions-for-identity-and-access-management-and-fraud-detection">estimativa do Gartner</a>, que sinaliza que a DCI se tornará um padrão já em 2024, ou seja, em breve, o que tornará a Identidade Digital Descentralizada como o futuro da identidade digital, permitindo a soberania dos dados por parte das pessoas. Com isso, as organizações não precisarão armazenar dados pessoais para realizar a verificação de identidade.</p>
<p><em><span style="font-size: 12.16px;">(*) Vice Presidente da da ACSoftware, parceira ManageEngine no Brasil.</span></em></p>

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