<p>A primeira fase dessa transformação já está ocorrendo, visto que as empresas, hoje em dia, estão alcançando níveis de virtualização entre 60% e 90% de sua infraestrutura computacional. O próximo passo do processo é começar a tornar a sua infraestrutura independente da localidade. Mas será que as companhias sabem realmente qual é esse novo modelo de Data Center e como devem fazer para chegar até ele?</p>
<p>A nova infraestrutura de Data Center trazida pela transformação digital e comandada por objetivos de negócio deve considerar os seguintes aspectos:</p>
<p>- Infraestrutura programável: servidores, storage, rede, serviços associados (DNS, Backup, etc.) comandados por software;<br />- Orquestração de ambiente híbrido e distribuído: centro único de controle e gerencia;<br />- Agilidade para escala web: abordagem Devops para desenvolvimento automatizado;<br />- Always-On e Segurança: as fronteiras do DC estão mudando;<br />- Automação e soluções cognitivas: adicionar inteligência e independência aos sistemas de Data Center. <br /><br />Essa abordagem não se limita a nenhuma vertical específica, já que, apesar de existirem soluções específicas para cada uma, esse é um tema que se aplica, em geral, a todas. E baseado no atual cenário, seja nacional seja global, já é possível afirmar que hoje, como tendência geral, todas as indústrias estão buscando agilidade, eficiência e redução de custo, visto que a cada ano os CIOs possuem o mesmo ou menos budget para operar a sua planta de TI.</p>
<p>Pensando nesses desafios, elencamos cinco dicas que podem auxiliar as companhias a não apensas manter a boa operação da sua infraestrutura, mas sim transformá-la, migrá-la e melhorar a sua eficiência.</p>
<p><strong>1. Conheça o seu workload</strong></p>
<p>Hoje, cada vez mais as empresas possuem um ambiente híbrido de infraestrutura, ou seja, estruturas físicas, virtuais e em cloud juntas. Conhecer o seu workload significa saber exatamente pra que servem cada um de seus recursos computacionais, qual a sua criticidade para o negócio e qual a sua utilização, independente do local ou plataforma.</p>
<p>Com isso, a empresa terá uma visão exata de seus ativos de TI, previsão de investimentos futuros necessários para o modelo existente e as oportunidades reais de transformações. O uso de ferramentas e metodologias especializadas é fundamental para esta análise, respeitando a entrega para os usuários e clientes, a necessidade de escalabilidade, se a aplicação ou serviço vai crescer rápido e qual deverá ser o nível de disponibilidade do serviço.</p>
<p><strong>2. Avalie as necessidades de negócio</strong></p>
<p>Cada aplicação seja Oracle, SAP, ou ainda de outros fornecedores, tem uma necessidade específica para funcionar. Então, se você possui o ‘molde’ de cada aplicação, será ainda mais fácil definir a arquitetura que vai indicar como devem ser as estruturas futuras do seu sistema de TI. Esse dado é extremamente importante, pois é ele que vai parametrizar o local onde as suas aplicações e dados serão instalados. Essa definição vai impedir, por exemplo, que uma empresa de e-commerce que realizou uma promoção e teve inúmeros acessos ao site, fique com o ambiente do site lento e não atenda a todos os clientes. No caso da indústria de finanças, vamos supor que uma determinada aplicação esteja rodando no data center do local X. Você recebe a notícia de que esse local X está em uma área por onde vai passar um furação, nesse momento a arquitetura de referência vai permitir que você migre essa aplicação para outro local sem problemas de configuração ou perda de eficiência.</p>
<p>Nesta fase é importante definir o blueprint tecnológico, plano e filtros de distribuição dos workloads no modelo futuro.</p>
<p><strong>3. Crie o Centro de Controle de Infraestrutura sem fronteiras</strong></p>
<p>Muitas empresas começaram a fazer migrações pontuais para nuvem adicionando novas plataformas e processos diferentes para gerenciar estes ambientes híbridos; em não poucas vezes, esse aumento de complexidade frustrou o uso possivel de novas soluções em nuvem ou infraestrutura definidas por software</p>
<p>Por isso, neste momento é importante criar a camada de gerenciamento que permitirá a execução do plano sem impacto na operação, para isso é importante que o centro de controle seja capaz de cobrir todos os ambientes e aplicações envolvidas nessa tranformação.</p>
<p><strong>4. Realize a migração de maneira otimizada para o ambiente target</strong></p>
<p>Nesse momento a companhia pode fazer o uso de aceleradores que possibilitam uma migração sem interrupções para o modelo futuro. Tipicamente, esses aceleradores automatizam as configurações e criam as bases que seriam feitas manualmente; atividade que demandaria muito mais tempo, além de ser passível de erro.</p>
<p>Nesta fase é importante mostrar segurança e previsibilidade na migração com eficiência nos processos, tarefas, recursos e custo da migração.</p>
<p><strong>5. Opere e gerencie o ambiente híbrido</strong></p>
<p>Essa é a hora de ter uma operação e uma visão única sobre a sua operação de TI, acompanhar o ganho de eficiência, criar/mover workloads de acordo com demandas do negócio e ter um guia para melhoria e inovação contínuas. Pensando nisso, a empresa deve adotar melhores práticas e ferramentas (frameworks) ter insights para operação, planejar a capacidade e a adoção de novas tecnologias emergentes.</p>
<p>Essa abordagem se traduzirá em eficiência, redução de custo e alinhamento ao negócio, mas de forma alguma representará o estado final da infraestrutura, a jornada para a infraestrutura sem fronteiras está apenas começando…</p>
<p><em>(*) Head para GIS, Global Infraestructure Services, da Wipro LATAM.</em></p>