Fundado em 1985, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos – Governador André Franco Montoro, deseja se tornar uma referência no setor de transporte aéreo na América Latina e no mundo.
Para isso, vem passando por uma série de mudanças nos últimos dois anos, com a alteração na gestão administrativa, estratégica e operacional.
Quando assumiu a administração do aeroporto, a Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos, formada pelo Grupo Invepar, ACSA (Airports Company South Africa) e Infraero, tinha uma missão: modernizar a infraestrutura para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos passageiros e para atender ao forte crescimento da demanda registrado na última década, além do movimento promovido pelos grandes eventos esportivos programados no Brasil – Copa do Mundo (julho último) e Olimpíadas/Paraolimpíadas (2016).
Com bases sólidas e o respaldo do Consórcio Grupar, nascia em 14 de Junho de 2012 o GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, marca adotada pela Concessionária ao assumir a gestão do aeroporto. Na retaguarda, consorciados pesos pesados do segmento:
O Grupo Invepar é considerado referência no setor de infraestrutura em transportes na América do Sul. A ACSA opera alguns dos aeroportos mais eficientes do mundo, como o de Johanesburgo (África do Sul) e Mumbai (Índia). Já a Infraero, reúne experiência na operação de 61 aeroportos domésticos e internacionais no Brasil.
Os números
Para atender a crescente demanda por viagens aéreas no país, a concessionária realizou diversas obras e melhorias na infraestrutura com destaque para a inauguração do novo Terminal de Passageiros, o TPS3, em maio de 2014. Com o novo terminal, a capacidade operacional do aeroporto passou para 42 milhões de passageiros/ano 40% a mais que o potencial dos outros terminais em operação juntos.
A Concessionária também aumentou o número de vagas nos estacionamentos, que passou de 3,9 mil para as 8 mil; os pátios, que antes tinham capacidade para 80 aeronaves, agora contam com 124 posições; e, com a abertura do novo terminal e outras obras de expansão, a área dos terminais mais que dobrou, passando de 191 mil m² para 387 mil m².
Segundo Luiz Ritzmann, diretor de TI do GRU Airport, uma frase pode resumir a atividade aeroportuária: conforto e segurança para os passageiros. “Por este motivo, na esteira da modernização, fomos ao mercado buscar os fornecedores e integradores com maior nível de experiência e soluções que pudessem garantir que a operação tivesse maior nível de disponibilidade e proteção”, afirma Ritzmann, que encabeçou um dos maiores processos de renovação de parques de tecnologia.
Segurança no centro das comunicações
Com um dos maiores complexos aeroviários para passageiros e carga do mundo, uma infraestrutura constantemente em crescimento e movimento de 40 milhões de pessoas em 2014, uma das missões mais críticas para a nova gestão é garantir a segurança, não só da infraestrutura física, mas de comunicação.
Para suportar todo o trânsito de informações neste complexo, a Concessionária foi buscar no mercado soluções que pudessem proteger a rede de comunicação como um todo, especialmente no âmbito da intermediação da rede local com a internet.
No centro das preocupações dos novos gestores estavam:
– Disponibilidade da rede para desempenho das atividades core do aeroporto
– Proteção contra invasões provenientes da internet
– Bloqueio ostensivo de ameaças
De acordo com Fábio Maeji Amaro, especialista da Securit4IT, parceira da Check Point que liderou a implementação do projeto no GRU Airport no início de 2013, o maior desafio das empresas foi atender todas as demandas por segurança de rede e, ao mesmo tempo, apoiar a modernização no que compete a infraestrutura de comunicação principalmente se considerarmos a complexidade que envolve a atividade aeroportuária.
“Após um mapeamento, foi necessário desenvolver e implementar um projeto que tivesse amplitude para proteger toda a operação do GRU Airport, bem como todas as empresas que prestam serviços na infraestrutura do aeroporto, incluindo companhias aéreas, lojas, restaurantes, bancos e instituições públicas instaladas”, detalha Amaro, que enumera: “Ao todo são cerca de 15 mil estações espalhadas pelo aeroporto acessando a rede mundial de computadores que, protegidas, evitam uma contaminação em massa”.
Além da proteção de cada um dos pontos, lembra Amaro, foi necessário tomar medidas para o isolamento da rede de operações. “Com um trânsito de informações altamente delicado, que garante a segurança de voos e decolagens das aeronaves e a aferição do trânsito interno de funcionários pelos mais diversos níveis de departamentos, foi necessário separar e proteger ainda mais a rede própria do GRU Airport”, afirma. E, Amaro explica que, na prática, mesmo que o ambiente de internet enfrentasse algum tipo de baixa por infecção ou ataque, a rede de comunicação interna seguiria isolada e disponível.
O especialista da Securit4IT lembra que da internet chegam as mais refinadas ameaças as quais são programadas para atrapalhar o andamento de uma operação delicada. “E com eventos internacionais de esporte no calendário do nosso País, a preocupação aumentou em função da exposição e visibilidade que se ganha. A atenção precisa ser ainda mais reforçada”, sinaliza Amaro.
Para garantir a segurança e a alta disponibilidade foram utilizados dois equipamentos balanceados e com redundância à prova de falha. “Já no ambiente de internet, onde as empresas estão mais sujeitas a investidas em massa, foram utilizados dois equipamentos robustos com tolerância a falhas, além de Firewall e VPN, Antispam, IPS e Antimalware”, enumera o especialista da Securit4IT que lembra: “As ameaças evoluíram muito e se tem circulado de forma massiva os Bots, que se instalam silenciosamente nas máquinas e ficam aguardando apenas a instrução remota para invadir bancos de dados, e-mails e derrubar redes”.
Para garantir que o projeto da magnitude necessária para um aeroporto internacional, foi preciso implementar a solução mais moderna da Check Point, arquitetura Blade, com 12 das camadas mais importantes:
– Firewall
– IPsec VPN
– Mobile Access
– IPS
– Application Control
– Identity Awareness
– Web Security
– URL Filtering
– Anti-Bot
– Antivirus
– Anti-Spam & Email Security
– Advanced Networking & Clustering
Já em termos de equipamentos que são à prova de falha, também foram selecionados os mais modernos appliances para o projeto:
– Para internet – dois Appliances modelo 12600
– Para infraestrutura interna – dois Appliances modelo 21600
A infraestrutura adotada, segundo Amaro, garantiu que se atingisse a meta de ampliação da disponibilidade, o que melhorou, na outra ponta, a experiência do passageiro. “O objetivo do GRU Airport é transformar o aeroporto em um dos melhores do mundo. Nós, Securit4IT e Check Point, empresas envolvidas na modernização, abraçamos essa meta”, pontua.
Inteligência em destaques
Amaro aponta que a utilização do Web Gateway garante um nível de inteligência que permite aos administradores de rede proteger a infraestrutura sem bloquear o acesso a aplicativos de redes sociais. “Não adianta bloquear a utilização de mídia social como um todo. Foi necessária a criação e adoção de uma política que autorizasse a utilização para quem tem necessidade de interagir por esses meios e o veto ao acesso para quem utilizaria apenas para fins pessoais. O Web Gateway possibilita esse nível de refinamento”, explica.
Outro destaque do projeto do GRU Airport, de acordo com Amaro, envolve a segurança de e-mails. “Muitas empresas têm se preocupado com o acesso aos websites, mas têm deixado de lado a simples proteção do correio eletrônico, que continua sendo, ainda hoje, um dos pontos mais fortes para a contaminação das redes corporativas”, lembra o especialista que pontua que, no projeto do aeroporto, foi adotada a solução E-mail Security.
De acordo com Claudio Bannwart, country manager da Check Point Brasil, ter as soluções adotadas em um dos maiores projetos de modernização do País no segmento aeroviário e de carga é resultado do compromisso com as atividades locais. “Estamos no Brasil há mais de 15 anos, apoiando os parceiros com soluções modernas e promovendo condições para que serviços de alto desempenho sejam implementados. Para nós, é um orgulho fazer parte de um projeto desta amplitude”, resume Bannwart.