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São Paulo
5 de fevereiro de 2025

Deep Web, a outra Internet

<p>Na Internet normal ou superficial você tem segurança, mas não tem anonimato. Na Internet profunda você não tem segurança, mas tem anonimato. Justamente por ter anonimato, essa internet é cheia de informações proibidas, como pedofilia, tráfico de drogas, compra e venda de órgãos, armas, pornografia pesada, terrorismo internacional, enfim, é uma terra sem lei, repleta de atividades criminosas.<br /><br />Evidente que existe uma grande atividade do FBI, CIA e polícias de todo o mundo visando identificar e prender aqueles que navegam por essas áreas profundas e perigosas. Os sites mudam constantemente de endereços, como se tivessem vida própria, sem donos e registros. Na verdade a Deep Web é um território muito perigoso, infestado de vírus, hackers, criminosos e agentes da lei.<br /><br />Muitos países controlam a internet comum, portanto também existem correspondentes internacionais e ativistas que se utilizam da internet profunda para fugir desse controle. Nesse caso, usar a Deep Web é uma forma de escapar da censura. Grandes empresas também a utilizam, para transmitir dados sobre patentes ou outros que não podem ser acessados. Existem até agencias, como a Bright Planet, especializadas em vender serviços dentro da Deep Web, em áreas de Governo, Negócios e Usuários Únicos.<br /><br />Para navegar nessa zona, os usuários costumam usar um software chamado TOR (The Onion Router), que impede que suas atividades sejam registradas, e um computador virtual, que pode ser apagado de um instante para outro. Para um iniciante que estiver navegando é recomendado não baixar nada e não estabelecer nenhum contato, por questões óbvias de segurança.<br /><br />Existem fóruns sobre diversos assuntos, mas é mais fácil você ser destruído logo na primeira tentativa de entrada, do que ser aceito nesses grupos. Na internet normal, quando você quer ir de A para B, você conecta diretamente de A para B. Na internet profunda, o caminho muda a cada instante e você sai de A para Z, de Z para F, etc., até chegar em B, ou seja, vai usando várias máquinas que ficam no meio do caminho, para dificultar o rastreamento.<br /><br />O Wikileaks (grupo especializado em divulgar documentos secretos) e o Anonymous (grupo de ativistas e hackers vigilantes da internet) incomodaram muita gente poderosa graças à navegação nessas águas profundas, mas devemos lembrar que quando nós olhamos para dentro do abismo, ele também olha para nós.<br /><br />Para usuários comuns é bom saber que existe esse outro universo na Web, mas não vale a pena arriscar e ir lá dentro dar uma espiada. Não devemos nos esquecer do ditado popular “a curiosidade matou o gato”. <br /><br />(*) Colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.</p>

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