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São Paulo
5 de julho de 2025

Cyberbullying: como falar sobre o assunto em sala de aula

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<p><span style="font-size: 12.16px;">Cecilia Pastorino (*) <img src="images/artigos/2019/cecilia_SET_300.jpg" border="0" width="300" height="441" style="float: right; margin: 5px;" /></span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Em 81% dos casos de violência escolar, alguns estudantes sabiam da agressão, mas decidiram não denunciá-la. Fomentar o diálogo sobre segurança na Internet e comportamento online são fundamentais para reverter isso. </span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">As redes sociais mudaram o cotidiano das pessoas, tanto que, grande parte das agressões que começam no ambiente escolar, acabam sendo publicadas nas redes sociais. No entanto, ao contrário do bullying tradicional, o cyberbullying tende a ter um impacto maior sobre as vítimas, que, muitas vezes, é ignorado pelas instituições educacionais. Podemos listar algumas sugestões para abordar este assunto delicado dentro da sala de aula e no ambiente escolar.</span></p>
<p><strong><span style="font-size: 12.16px;">O bullying ganha mais força na Internet</span></strong></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">O primeiro passo é entender que tudo na Internet ganha maior dimensão. Uma publicação chega a centenas ou milhares de pessoas em questão de minutos e, em pouco tempo, todos estão conversando e opinando sobre uma publicação. O conteúdo agressivo é mais prejudicial e tornar-se impossível pará-lo ou eliminá-lo, mesmo que o agressor se arrependa.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Com a entrada cada vez mais cedo de crianças no ambiente digital, muitas se aproveitam do anonimato das telas para intimidar outras crianças. </span></p>
<p><strong><span style="font-size: 12.16px;">#1 formar bons cidadãos digitais</span></strong></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">O respeito e as regras de convivência devem fazer parte também do mundo digital. Assuntos como ética, moral, educação cívica, e respeito devem transcender a fronteira física. Por outro lado, os exercícios e atividades em equipe também são uma forma de fazer de maior interação entre os alunos. Atualmente, existem inúmeras atividades que podem ser baixadas da Internet e, inclusive, realizadas por meio de dispositivos móveis.</span></p>
<p><strong><span style="font-size: 12.16px;">#2 Consciência acima da proibição</span></strong></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Em vez de criar pânico sobre o uso da tecnologia ou propagar mal-entendidos, a consciência permite maior diálogo entre os alunos. Muitas escolas preferem proibir o uso da tecnologia, o que provoca uma rejeição por parte dos alunos, que, em longo prazo, pode levá-los à decisão de esconder seus telefones e usá-los sem que o professor perceba.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Os jovens se identificam com a tecnologia e a adaptam ao seu dia a dia. Nesse sentido, é importante mostrar aos alunos como eles podem usar a tecnologia para o bem comum, como compartilhar conhecimento ou ajudá-los de forma mútua. Além disso, ao incorporar a tecnologia à sala de aula, os professores podem direcionar o assunto ao uso mais ético da tecnologia.</span></p>
<p><strong><span style="font-size: 12.16px;">#3 Solidariedade coletiva para denunciar casos de abuso</span></strong></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">De acordo com um relatório da Sefe2Tell, em 81% dos casos de violência escolar, alguns estudantes sabiam da agressão, mas decidiram não denunciá-la. Na maioria destes casos, o silêncio é principalmente devido ao medo de ser a próxima vítima ou a punição por parte dos adultos. Nestes casos, as crianças devem saber que a tecnologia não é o problema, mas seu uso irresponsável sim.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">A violência online pode e deve ser denunciada nas mesmas plataformas. Todas as redes sociais têm a opção de denunciar publicações, comentários e até mesmo perfis que violam ou assediam uma pessoa. Essas denúncias são completamente anônimas.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">É importante incentivar os jovens a, não apenas conversar com um adulto em caso de situação de assédio, mas também formas de relatar tal conteúdo em cada plataforma.</span></p>
<p><strong><span style="font-size: 12.16px;">#4 Diálogo: a base de todo acompanhamento</span></strong></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Os alunos precisam saber para quem e onde podem ir antes de que ocorra um problema. Portanto, a confiança é a chave para abrir o canal de diálogo. Para as crianças, o que é feito na Internet é sempre algo semelhante ao que é feito no mundo físico. Portanto, se um aluno aborda um problema, o professor deve entender que é uma situação séria e encontrar os recursos para resolvê-la.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">É importante lembrar que os jovens podem saber muito sobre o uso e o funcionamento da tecnologia, mas os adultos definitivamente têm mais experiência de vida e compreensão dos riscos que podem surgir. Portanto, a exploração de questões como riscos tecnológicos, segurança na Internet e comportamento online são fundamentais para fomentar o diálogo. Assim como é necessário quebrar o silêncio por trás do bullying e do cyberbullying, falando sobre os casos de assédio virtual e sua resolução.<br /><br /></span><em>(*) Pesquisadora de Segurança da ESET, fornecedora gloobal de tecnologia para detecção proativa de ameaças cibernéticas.</em></p>

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