10% dos brasileiros com o aparelho não levam mais a carteira quando saem de casa. O cartão físico tem a preferência dos usuários e 12% prefere pagar em dinheiro
A mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre Pagamentos Móveis e Comércio Móvel no Brasil identificou que o smartphone é o meio de pagamento preferido de 26% dos brasileiros em compras presenciais e que 10% deles não levam mais a carteira quando saem de casa. O cartão físico é o favorito de 60% dos usuários, enquanto que o dinheiro é a forma de pagamento utilizada por 12% dos entrevistados.
Não há variação relevante por gênero ou faixa etária, mas sim por classe social, e o uso de dinheiro é maior nas classes C, D e E (14%) do que entre as classes A e B (5%). Entre os jovens de 16 a 29 anos (36%) a proporção de usuários de smartphone que fazem pagamentos com o aparelho é maior, o que indica uma tendência de alta no futuro, segundo os organizadores da pesquisa. Esta preferência é menor entre os brasileiros de 30 a 49 anos (24%) e entre aqueles com 50 anos ou mais (17%). Não há diferença significativa na comparação por gênero ou classe social.
O pagamento com cartão físico está à frente do smartphone, sendo o meio de pagamento favorito de 60% dos brasileiros. O percentual aumenta conforme a idade do consumidor: 16 a 29 anos (49%); 30 a 49 anos (63%); e 50 anos ou mais (69%). No caso do cartão físico, nota-se também uma diferença por classe social: A e B (69%) e C, D e E (58%).
O dinheiro está vivo: ele é a forma de pagamento favorita de 12% dos brasileiros que possuem smartphone. Não há variação relevante por gênero ou faixa etária, mas sim por classe social. A preferência pelo uso de dinheiro é maior nas classes C, D e E (14%) do que entre as classes A e B (5%).
QR code: 80% já utilizam no pagamento de contas
A pesquisa também constata que o de QR code para pagamento está avançando rapidamente no País. Em apenas um ano, entre março de 2022 e março de 2023, passou de 67% para 80% a proporção de brasileiros com smartphone que já experimentaram essa forma de pagamento em lojas físicas.
A proporção dos jovens de 16 a 29 anos que já pagaram por QR code é de 86%, acima daquela verificada nos grupos de 30 a 49 anos (83%) e de 50 anos ou mais (67%).
No mesmo intervalo de um ano, subiu de 46% para 57% o percentual que fez pelo menos uma compra por QR code nos últimos 30 dias. Um dos principais vetores desse crescimento é a adoção do Pix nos caixas de grandes varejistas.
O pagamento por aproximação (NFC – Near Field Communication) usando o smartphone também está avançando. Em um ano, passou de 41% para 46% a proporção de brasileiros com smartphone que experimentaram esta modalidade de pagamento. A diferença por faixa etária é significativa: 16 a 29 anos (57%); 30 a 49 anos (44%); 50 anos ou mais (37%). Nos últimos 30 dias, 36% dos brasileiros com smartphone pagaram por aproximação. Um ano atrás, esse percentual era de 30%.
Contas digitais, empréstimos, Pix parcelado e seguros – Estas modalidades de serviços digitais também estão na preferência dos brasileiros:
– 70% dos brasileiros fazem pagamentos via cartão de crédito no celular; 21% preferem Pix; As carteiras digitais são utilizadas por 5% e o boleto bancário, por 4%;
– 31% dos usuários já realizaram empréstimos por aplicativos móveis;
– 32% já realizaram uma compra com pagamento por Pix parcelado no cartão de crédito;
– Metade dos entrevistados (exatos 50%) já tomou empréstimos na faixa entre R＄ 100 e R＄ 499. Acima de R＄ 1 mil a proporção é de 7% dos brasileiros;
– A contratação de seguros por aplicativos foi realizada por 19%.
Compras mobile
– 80% dos brasileiros com smartphone fizeram compras via app nos últimos 30 dias;
– 90% já realizou pelo menos uma vez na vida a encomenda de mercadoria através de um aplicativo ou site no smartphone;
– 81% dos entrevistados afirmaram que aumentaram a frequência de compras pelo celular.
– Roupas é o item mais comprado por 53% dos entrevistados.
A pesquisa entrevistou entre os dias 8 e 27 de março 2.112 brasileiros de 16 anos ou mais que possuem smartphone. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. O relatório integral da pesquisa pode ser baixado gratuitamente AQUI.